quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Teoria Platônica da Beleza - Resumo capítulo 3


Ariano Suassuna propõe um estudo da beleza através da compreensão da sua essênciae e das contribuições dos pensadores, além do pensamento ocidental. Suassuna nos lembra da dificuldade desse estudo, já que para os irracionalistas, a beleza não pode ser tratada de forma filosófica.
Para Platão, a beleza e a arte dependem de sua visão geral do mundo. A beleza depende da sua comunicação com Beleza absoluta, a imutável, eterna e pura. Ela está em um plano superior,o das ideias.
O filósofo associa a beleza a outras virtudes como a verdade e o bem, elevando ainda mais sua essência a este mundo superior e quase espiritual.
Em sua teoria, Platão afirma que a alma é atraída pela beleza porque esta é sua pátria e isso justifica a sua afinidade com este mundo das essências puras e divinas.Outro ponto do seu pensamento é que a alma humana sofre uma decadência ao se unir ao corpo material. Por ser eterna, a alma já contemplou o mundo das Essências, a Beleza Absoluta de natureza divina. Não existe compatibilidade entre corpo material e alma. Existem ainda, almas mais preparadas e capazes de recordar as verdades e belezas vividas anteriormente. E assim Platão nos fala que a alma que conheceu a Beleza, não a recria na arte e quem se dedica à verdade, não a descobre pelo conhecimento. O que ocorre é que essa alma recorda-se das virtudes já vividas no mundo das essências.
Platão apoia seus pensamentos no discurso de Sócrates e em sua teoria propõe aos seus discípulos o caminho místico como o único apto a eleva-los ao mundo das Ideias. Platão utiliza o mito da “parelha alada” para explicar que o caminho da alma que quer se elevar é o amor. Seres humanos eram no princípio andróginos e quando separados passaram a buscar sua parelha. Sua outra metade perdida. Assim, apenas indivíduos inferiores ficam satisfeitos com o amor físico.
O próximo passo para o aperfeiçoamento do indivíduo, é aquele em a beleza da alma é entendida como a superior à beleza do corpo. Descobre-se que a beleza corpórea está sujeita à ruina e à decadência e a beleza moral resiste ao tempo.
Quando o amante entende a diferença entre as duas formas de beleza, fortifica o espírito e atinge o estágio final a “disciplina amorosa da contemplação”. Platão acentuava o caráter de conhecimento entre as partes; as almas. Na sua concepção idealista, essa identificação é lógica.
É legitimo dizer que para Platão, a beleza deve causar arrebatamento, prazer e deleite; já que ela parte de um “encontro” em um plano superior e puro. E que a beleza na sua essência é uma recordação e uma aproximação com o divino,o perfeito.